No último dia 19 de janeiro, quinta-feira, morreu o violonista e luthier — profissional especializado na construção e no reparo de instrumentos de cordas — brasileiro Sérgio Abreu, 74 anos, um dos maiores nomes da música erudita no Brasil e um dos músicos mais importantes do país na década de 1970. Ele estava internado desde o final de 2022 para tratar de problemas pulmonares, mas não resistiu.
Abreu fez grande sucesso como violonista até o início dos anos 1980, quando, em 1982, saiu de cena e passou a se dedicar ao ofício de luthier, alcançando igual reconhecimento. Em sua casa, em Copacabana, no Rio de Janeiro, o músico produzia cerca de 15 instrumentos por ano e era conhecido pela riqueza do trabalho.
Na carreira artística, Abreu ficou nacionalmente conhecido pela dupla que formou com o irmão Eduardo Abreu, em 1963, chamada Duo Abreu. Além das fronteiras do Brasil, o músico conseguiu alcançar terras europeias e norte-americanas com seu talento.
A trajetória internacional do artista começou em 1967, depois de vencer um concurso internacional de violão em Paris, na França. Com a vitória, conquistada por meio do álbum The guitars of Sérgio and Eduardo Abreu, o Duo Abreu alcançou visibilidade fora do Brasil e dedicou alguns anos da carreira a concertos pelo exterior. O Duo Abreu se desfez em 1975 e Sérgio seguiu carreira solo até 1982, quando deixou os palcos para se dedicar à confecção de violões.