No último dia 14 de março realizou-se a abertura da 100a temporada da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), com um concerto dedicado a obras para orquestra de câmara, sob a regência do maestro Thiago Santos.
O programa teve início com a Abertura de ‘La cambiale di matrimonio’, primeira ópera de Rossini, composta em 1810, quando já se encontram os recursos instrumentais que o compositor lançaria mão ao longo de sua carreira musical. Em seguida, ‘On hearing the first cuckoo in spring’, do compositor inglês Frederick Delius, um poema sinfônico no qual o caráter descritivo da cena pastoral se materializa na música e na reprodução do canto do cuco, destacados pelo oboé, clarineta e cordas. O programa apresentou ainda a ‘Ciranda das sete notas’, de Heitor Villa-Lobos, com solo de fagote por João Luís Maciel, acompanhado pela orquestra de cordas, e se encerrou com uma obra de Mozart, representativa do Classicismo Vienense, a Sinfonia nº 40, uma das mais conhecidas do compositor.
Programação 2024 – Orquestra Sinfônica da UFRJ
Ainda no primeiro semestre, Daniel Guedes rege, em abril, um programa que terá como destaque o Poema para violino e orquestra de Chausson, tendo como solista Mateus Soares, aluno do curso de graduação da Escola de Música e um dos vencedores do Concurso Jovens Instrumentistas para a temporada de 2024.
Em maio, André Cardoso comanda a sinfônica em programa com a Sinfonia nº 1 de Brahms e o Concertino para flauta da compositora francesa Cécile Chaminade, cujo solista será João Marcos Moreira, outro aluno de graduação selecionado no concurso.
Em junho, um dos grandes destaques da programação: a encenação da ópera Il Néo, do compositor brasileiro Henrique Oswald, fora dos palcos desde 1954. A produção será baseada na edição realizada pelo maestro Pedro Messias em seu mestrado na UFRJ. Ele também assina a direção musical; a direção cênica fica a cargo de José Henrique Moreira.
Julho terá o tradicional concerto da série Brasiliana, da Academia Brasileira de Música, com obras de Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, Paulo Costa Lima, Guilherme Bauer e Villa-Lobos. Também no mês de julho, no dia 25, uma homenagem a Bruckner, pelos seus 200 anos. A primeira parte foi batizada de “Na Viena do jovem Bruckner” e, na segunda parte será ouvida a Missa em Dó, “Windhaag”, do compositor.
Em agosto, um concerto no Theatro Municipal do Rio de Janeiro terá a estreia mundial de Boitatá, de Pedro Lutterbach, obra vencedora do Concurso de Composição dos 100 anos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2020; e de Serrana, de Ernani Aguiar. A regência é de André Cardoso.
Em seguida, em setembro, Roberto Duarte assume o grupo para outro destaque da temporada: a ópera Candinho, de João Guilherme Ripper, que será encenada durante o Festival de Ópera do Theatro Municipal. No mesmo mês, no dia 25, data do primeiro concerto da orquestra em 1924, uma apresentação vai marcar a abertura de uma exposição sobre a trajetória da orquestra, no foyer do Salão Leopoldo Miguéz.
A música contemporânea será destaque da apresentação do primeiro concerto de outubro, durante o Panorama da Música Brasileira Atual, promovido pela Escola de Música da UFRJ desde 1978. No mesmo mês, na Igreja de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, e na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, será apresentado o Réquiem de Mozart, com regência de Marco Aurélio Lischt e a participação do Coral dos Canarinhos de Petrópolis.
Finalizando a temporada, em novembro, Felipe Prazeres vai reger Sheherazade, de Rimsky-Korsakov. A celebração do centenário inclui ainda o lançamento de um livro e de um documentário sobra a história da orquestra.