
Em abril, Orquestra realiza concertos na Escola de Música, dia 10, e na
Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso com o coro Sacra Vox, dia 16
No último dia 17 de março, a Orquestra Sinfônica da UFRJ abriu sua temporada de 2025. A apresentação deu continuidade às comemorações do centenário da orquestra, que se encerrarão em setembro. O concerto marcou também a recepção aos novos alunos no primeiro dia do ano letivo, destacando a participação, como solistas, de duas alunas do bacharelado: a flautista Ana Márcia Corrêa e a oboísta Queren Souza.
O concerto foi aberto com a Pavane pour une infante défunte, obra do compositor francês Maurice Ravel (1875-1937), do qual se comemora 150 anos de nascimento. Originalmente composta para piano em 1899 e orquestrada em 1911, a Pavana é uma dança renascentista em andamento moderado que acabou por ser incorporada às suítes instrumentais. A regência foi de Thiago Santos, que tem sido apontado como um dos mais promissores jovens maestros brasileiros da atualidade. Santos atuou como assistente da BBC Philharmonic e da Royal Liverpool Philharmonic, na Inglaterra (2014-2016), retornou ao Brasil e desde então tem dirigido diversas orquestras pelo país. Ele cursou bacharelado e mestrado em regência na UFRJ com André Cardoso.
Concertos de abril
Em abril, a temporada segue com a apresentação da orquestra no dia 10, quarta-feira, no Salão Leopoldo Miguéz (Escola de Música da UFRJ), sob a regência do maestro Thiago Santos e Jonathan Alves como solista (violino). No repertório, Tarantelle styrienne para piano, composta por Claude Debussy em 1890, após retornar da Villa Medici, na Itália, onde passou cerca de dois anos estudando depois de receber o Prix de Rome, em 1883. Adiante, o Concerto nº 1 para violino op.26, de Max Bruch, que atravessou toda a segunda metade do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX apegado à tradição do romantismo musical germânico na linha da chamada música absoluta, na qual despontaram compositores como Mendelssohn, Schumann e Brahms. Por fim, o programa se encerra com Heitor Villa-Lobos e as suas Bachianas Brasileiras nº8, composta em 1944 e estreada pela Orquestra da Academia de Santa Cecília de Roma sob a regência do compositor em 6 de agosto de 1947.
No dia 16 de abril, quarta-feira, a Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresenta com o coro Sacra Vox, sob a regência de Valéria Matos, na Igreja de Nossa Senhora de Bonsucesso. O concerto Semana Santa no Brasil Colonial é formado por obras sacras criadas, na época, para as inúmeras cerimônias litúrgicas do culto católico, a partir da encomenda da própria igreja, de irmandades e ordens terceiras ou mesmo pelo poder público através dos Senados da Câmara. Desta forma, o programa destaca obras de José Maurício Nunes Garcia, José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita e Antônio dos Santos Cunha.
SERVIÇO:
101a temporada – ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ
Dia 10 de abril de 2025, segunda-feira, às 19 horas
Salão Leopoldo Miguéz da Escola de Música da UFRJ
Rua do Passeio 98 – Centro
Entrada franca
Programa
1- Claude DEBUSSY (1862-1918) – Danse, Tarantelle Styrienne (1890) 6′ (orquestração de Maurice Ravel)
2- Max BRUCH (1838-1920) – Concerto no1 para violino op.26 (1867) 25′
I- Vorspiel. Allegro moderato
II- Adagio
III- Finale. Allegro energico
Solista: Jonathan Alves da Silva (violino)
3- Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Bachianas Brasileiras nº 8 (1944) 25′
I- Prelúdio
II- Ária (Modinha)
III- Tocata (Catira batida)
IV- Fuga
Regente: Thiago Santos
101a temporada – ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ
Semana Santa no Brasil Colonial
Dia 16 de abril de 2025, quarta-feira, às 18 horas
Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso
Largo da Misericórdia s/n – Centro
Entrada franca
Estacionamento pago na Santa Casa da Misericórdia
Rua Santa Luzia 206 – Centro
Programa
1- José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 1767-1830) – Domine, Tu mihi lavas pedes? CPM198, para coro a capella (1799) 4’
2- José Maurício Nunes Garcia – Judas, mercator pessimus CPM199, para coro a capella (1809) 6′
3- José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Serro, 1746?-Rio de Janeiro, 1805) – Stabat Mater (Sequentia de Nossa Senhora das Dores) 7’
I- Stabat Mater (Moderato)
II- Eia Mater (Andante)
III- Amem (Allegro)
4- José Maurício Nunes Garcia – Christus factus est CPM203 (Gradual e Ofertório para Quinta-feira Santa) 4’
5- Antônio dos Santos Cunha (São João del-Rei, c.1775-1822?) – Sepulto Domino (Responsório IX do Ofício de Sexta-feira Santa)
6- José Maurício Nunes Garcia – Matinas da Ressurreição CPM200 (1799) 18’
I- Invitatório (Surrexit Dominus)
II- Angelus Domini descendit
III- Cum transisset sabbatum
Solistas: Duda Espírito Santo e Júlia Félix (sopranos), Thaísa Bastos (mezzo), Mário Sampaio (tenor) e Calebe Faria (barítono).
Coro Sacra Vox
Regência de Valéria Matos