No último dia 30 de setembro, sexta-feira, a Orquestra Sinfônica da Bahia lotou a Sala Principal do Teatro Castro Alves, comemorando seus 40 anos de criação. Sob a regência do maestro Carlos Prazeres, que está na orquestra desde 2011, e participação do pianista paulista Lucas Thomazinho, a orquestra promoveu a a estreia da obra “ZARATEMPO: Descer pra ver!”, composta pelo músico e professor baiano Paulo Costa Lima especialmente para esta apresentação, além do Concerto para Piano Nº 2 em Lá Maior, S. 125, do compositor húngaro Franz Liszt (1811-1886) e do Concerto para Orquestra, BB 123, do também húngaro Béla Bartók (1881-1945).
A obra de Paulo Costa Lima nasceu de uma conversa do autor com o maestro Carlos Prazeres sobre a força da canção “Filhos de Gandhi”, de Gilberto Gil, que contém os versos “Manda descer pra ver”. “Paulo Costa Lima é um dos principais compositores do Brasil e não podia ficar de fora desta festa. Na música, ele trata sobre o Zaratempo [expressão usada para reverenciar o Deus Tempo nos candomblés], sobre o Iroko [o Orixá do Tempo]. Como estamos celebrando os 40 anos, não haveria como não falar do tempo neste concerto”, explicou o maestro Carlos Prazeres.
Ocupante da 21ª cadeira da Academia Brasileira de Música, da Cadeira 8 da Academia de Letras da Bahia e professor da Escola de Música da UFBA, Paulo Costa Lima fez parte do corpo de músicos da OSBA como violoncelista na década de 1980.