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Obras de João Guilherme Ripper em Lisboa e na Colômbia

Com libreto e música de Ripper, “La vorágine” é baseada em novela do poeta e romancista colombiano José Eustasio Rivera

Obras de João Guilherme Ripper em Lisboa e na Colômbia
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No último dia 17 de janeiro, a obra “Sinfonia de Abril”, escrita pelo acadêmico João Guilherme Ripper para os 50 anos da Revolução dos Cravos, voltou a ser apresentada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, que a estreou no ano passado. O concerto foi realizado no Teatro Thalia (Lisboa), com direção do maestro espanhol Andrés Salado. “Sinfonia de Abril” foi encomendada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Em fins de fevereiro, uma nova ópera do compositor irá estrear na Colômbia, mais especificamente no Teatro Colón, em Bogotá. La vorágine”, que pode ser traduzido como “o redemoinho”, é uma nova adaptação do romance de mesmo nome do escritor colombiano José Eustasio Rivera. O roteiro foi elaborado pelo próprio Ripper, que recebeu a encomenda do Centro Nacional de las Artes – Delia e da La Compañia Estable para as comemorações do centenário da primeira edição do livro. A ópera é cantada em espanhol e terá regência de Luiz Fernando Malheiro e direção cênica de Pedro Salazar.

José Eustasio Rivera (1889-1928) foi um poeta e romancista colombiano. Sua obra-prima “La vorágine” foi escrita em 1924 e é considerada um clássico da literatura hispano-americana. Trata-se de uma narrativa épica que retrata a luta pela sobrevivência e a exploração dos seringueiros na Amazônia.

“O enredo se passa nos ‘llanos’ [vastas planícies localizadas na região leste da Colômbia] e na Amazônia na época da exploração da borracha, com seu sistema de produção que praticamente escravizava os seringueiros, enriquecia os donos dos seringais e produzia muita violência”, conta Ripper. “Escrever a ópera foi uma experiência intensa, um percurso entre o estranhamento e a familiaridade, o contato com a música ‘llanera’ e os regionalismos culturais. A conclusão é a de que a floresta não tem fronteiras, a exploração desmesurada e o garimpo de hoje obedecem ao mesmo esquema perverso do ciclo da borracha.”

Conforme o material de divulgação, “La vorágine” não é apenas um tributo ao romance de José Eustasio Rivera, que era apaixonado pelos dramas líricos de Wagner, mas a recriação de um universo sonoro que aprofunda a complexidade das questões levantadas pelo autor: violência, natureza e busca da liberdade. “Esta ópera não só procura narrar uma história, mas também capturar a essência do território e a sua relação com aqueles que o habitam”, afirma o diretor Salazar.

“La vorágine” contará com a participação da Filarmónica Jovem da Colômbia, do Coro Sinfônico Nacional da Colômbia e de um elenco composto por cantores como Andrés Agudelo, Sara Bermúdez, Juan David González, César Gutierrez, Valeriano Lanchas, Ana Mora, Eliana Piedrahita e pelo brasileiro Homero Velho.

“La vorágine” será apresentada no Teatro Colón de Bogotá nos dias 25 e 27 de fevereiro e 1º e 2 de março.

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