Edino Krieger deixou-nos no início desta noite chuvosa e triste no Rio de Janeiro. A música brasileira de concerto despede-se de seu maior defensor, que dedicou a vida à composição, direção de instituições culturais, crítica musical, ações de formação, criação e coordenação de festivais dedicados à música contemporânea, entre outras iniciativas que fazem de Edino um personagem monumental e incontornável da cultura brasileira.
Natural de em Brusque (SC), Edino veio para o Rio estudar violino e composição onde foi aluno de H. J. Koellreutter. Nos EUA, estudou com Aaron Copland e Gilbert Chase. Participou do Grupo Música Viva, ocupou diversos cargos de direção na Rádio MEC e trabalhou como crítico no Jornal do Brasil. Foi Diretor Artístico da antiga Fundação de Teatros do Estado do Rio de Janeiro; criou dirigiu o Pro-Memus e o Instituto Nacional de Música da Funarte; criou e coordenou os Festivais de Música da Guanabara e as Bienais da Música Brasileira Contemporânea; foi Presidente da Fundação MIS e Diretor da Sala Cecília Meireles. Edino foi Presidente da Academia Brasileira de Música por diversos mandatos. Sua presença está marcada para sempre na história da música brasileira e instituições culturais do país.