A Academia Brasileira de Música convida para “Encontros ABM 2024”, série de eventos online a serem realizados entre março e novembro. Através de debates e mesas redondas, músicos convidados irão suscitar a reflexão sobre temas atuais e relevantes para o desenvolvimento da música brasileira nas áreas da composição, da interpretação, da educação musical e da musicologia.
Na terça-feira, dia 17 de setembro, às 18h, a ABM vai promover mais uma edição do “Encontros ABM”. Com transmissão ao vivo pelo canal da ABM no YouTube, esta edição conta com a participação de Priscila Bomfim e Thiago Santos em Roda de Conversa mediada pelo acadêmico Ernani Aguiar abordando o tema “Regente: formação e dificuldades para o início da carreira”
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ERNANI AGUIAR é compositor, maestro, professor e pesquisador. Nasceu no Estado do Rio de Janeiro, em 1950, e estudou, no Brasil, com Paulina d’Ambrosio e Santino Parpinelli (violino e viola), César Guerra-Peixe (composição) e Carlos Alberto Pinto Fonseca (regência). No Conservatório Cherubini de Firenze (Itália) estudou com Roberto Michelucci (violino) e Annibale Gianuário (regência). Fez cursos de aperfeiçoamento em regência na Itália com Franco Ferrara, Adone Zecchi e Giuseppe Montanari e na Alemanha com Sergiu Celibidache.
Em 1985 concluiu o seu mestrado em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez uma série de especializações no exterior, incursionando pela Argentina, Itália e Alemanha. É pesquisador e atuou como professor de regência orquestral na UFRJ. Como regente, realizou quase uma centena de primeiras audições mundiais de obras de compositores brasileiros e várias gravações destacando-se a integral da ópera “Colombo”, de Carlos Gomes e do “Requiem” de José Maurício Nunes Garcia. Recebeu o título de “Maestro de Capela” por S. Maria a Peretola (Itália). É compositor distinguido no Brasil e no exterior, com inúmeras apresentações de suas obras.
Escreveu para diversas formações vocais e instrumentais, destacando-se a ópera O Menino Maluquinho, sobre libreto de Ziraldo, cinco “Sinfoniettas”, Quatro momentos nº 3, para orquestra de cordas, Cantos Sacros para Orixás, Cantata de Natal, Cantata de Páscoa e Te Deum, para coro e orquestra. Suas composições foram regravadas inúmeras vezes e integram programas de concertos no Brasil e no exterior. Em sua pesquisa musical, se dedica ao período colonial brasileiro. Entre os anos de 1982 e 1985 coordenou os projetos Orquestra e Espiral do Instituto Nacional de Música da Funarte. Fundou o Coral Municipal de Petrópolis, grupo do qual foi regente entre 1976 e 1988. Recebeu o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, a Medalha Carlos Gomes, outorgada pela Câmara Municipal de Campinas e o Prêmio Sharp de Música em 1999. Ingressou para a Academia Brasileira de Música em 1993, ocupando a cadeira de número 4.
PRISCILA BOMFIM foi a primeira mulher a reger a Temporada de Ópera do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e realizou concertos com diversas orquestras importantes do Brasil, como Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica da Universidade de SP, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica da UFRJ e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atua desde 2000.
Em 2022 regeu a estreia de quatro novas óperas brasileiras, a integral de Le Vin Herbè de Frank Martin e Pierrot Lunaire de Arnold Schoenberg, entre outras obras. Em 2023, dirigiu as óperas Eugene Onegin (Tchaikovsky) e Cendrillon (Pauline Viardot), além de outros concertos no Theatro Municipal de São Paulo e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 2018, foi uma das poucas alunas selecionadas para frequentar a Järvi Academy em Tallinn e Pärnu (Estônia) com os maestros Neeme e Paavo Järvi, e foi uma das seis mulheres escolhidas para participar do Hart Institute for Women Conductors Residency, no Ópera de Dallas, em 2018.
Priscila participou também de masterclasses com maestros renomados como Leonid Grin (Chile), Alexander Polyanichko (Rússia), Fabio Mechetti e Isaac Karabtchevsky (Brasil). Bomfim nasceu em Braga, Portugal, onde iniciou os seus estudos musicais e ganhou o seu primeiro concurso de piano aos nove anos. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, formou-se Bacharel em Piano Performance com o mais alto grau “Summa cum laude”, obteve o título de Mestre em Piano Performance (2012) com estudo em Leitura à Primeira Vista ao Piano, e também completou seu Bacharelado em Regência Orquestral em 2016.
A sua intensa atividade no mundo da ópera permitiu-lhe reger inúmeros títulos, como Un Ballo in Maschera de G. Verdi (2018), Les Contes de Hoffmann de Offenbach (2018), Orphée de Philip Glass (2019), La Tragédie de Carmen de Bizet/Constant (2017), Faust de Gounod (2019), La Belle Hélène de J. Offenbach (2021), Serse de Handel (2016), Armida Abbandonata de Handel (2021), Carmen de Bizet (2022) , El barberillo de lavapiés de Barbieri (2022), Le Nozze di Figaro de Mozart (2023), Gianni Schicchi de Puccini (2024), entre outros concertos líricos. Atualmente, além de seu trabalho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é diretora musical de duas orquestras juvenis do IBME, uma delas formada apenas por alunas da rede pública carioca, a Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga.
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THIAGO SANTOS tem dirigido diversas orquestras pelo país, dentre elas a Petrobrás Sinfônica, Sinfônica Nacional-UFF, Sinfônica da UFRJ, Sinfônica de Sergipe e Sinfônica de Porto Alegre. Foi maestro titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (2017-2019) e da Orquestra Jovem Alegro (2018-2021), de Curitiba. Entre 2014 e 2016, atuou como maestro assistente da BBC Philharmonic e da Royal Liverpool Philharmonic, na Inglaterra, e ainda trabalhou com a Manchester Camerata, Stockport Symphony e Nottingham Philharmonic.
Ainda na Europa, regeu a Bohuslava Martinu Filharmonie (República Tcheca) e U Artist Festival Orchestra (Ucrânia). Em 2015, foi selecionado para reger os masterclasses orquestrais da Mahler Chamber Orchestra para jovens músicos. Como maestro assistente, colaborou com maestros como Juanjo Mena, Vasily Petrenko, Sir Mark Elder, Vassily Sinaisky, Yan Pascal Tortelier, Andrew Manze e Ton Koopman. Foi professor da Academia de Regência do Sistema Nacional de Orquestras Sociais, um programa da Funarte em convênio com a Escola de Música da UFRJ.
Atualmente é professor substituto de Regência Orquestral na mesma instituição. Em janeiro de 2020, lançou um projeto pessoal de formação de plateia para a música clássica pela internet e até agora mais de 30 mil pessoas já participaram das ações desse projeto. Defensor da música brasileira, colabora com a Academia Brasileira de Música através de edições e revisões de obras de compositores brasileiros, como Villa-Lobos, Francisco Braga, Henrique Oswald e José Siqueira. Venceu o “Concurso para Jovens Regentes” da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (2011). Foi o primeiro latino-americano contemplado com a bolsa de estudos Leverhulme Arts Scholar para o renomado programa de Regência Orquestral do Royal Northern College of Music, na Inglaterra, sob orientação de Clark Rundell e Mark Heron. Cursou bacharelado e mestrado em Regência na UFRJ com André Cardoso. Outros mentores foram: Giancarlo Guerrero, Marin Alsop, Ernani Aguiar, Fábio Mechetti, Ronald Zollman, Donald Schleicher e Guillermo Scarabino.
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