
A Academia Brasileira de Música convida para “Encontros ABM 2025”, série de eventos mensais online realizados mensalmente entre março e novembro. Através de debates, músicos convidados suscitam a reflexão sobre temas atuais e relevantes para o desenvolvimento da música brasileira.
Ao longo deste ano, os encontros abordarão “A ópera na cultura brasileira”, sempre com debatedores convidados e mediadores de elevado conhecimento neste segmento artístico.
Na terça-feira, dia 16 de setembro, às 18h, a ABM vai promover mais uma edição dos “Encontros ABM”. Com transmissão ao vivo pelo nosso canal na plataforma YouTube, a Roda de Conversa aborda o tema Ópera brasileira: do regionalismo ao universal, contando com mediação do jornalista Carlos Eduardo Amaral e participação da gestora Cláudia Malta, do cantor Luiz Kleber Queiroz e do compositor Vagner Cunhar. Neste Encontro, discute-se a recente criação de óperas brasileiras com especificidades e “cores” locais. Se a literatura apresenta vários exemplos em que a linguagem regional se torna universal, como em Guimarães Rosa e James Joyce, pergunta-se como as óperas podem seguir esse mesmo caminho virtuoso, e quais elementos podem ajudar (ou dificultar) sua difusão para públicos de diferentes culturas.
Assista ao vivo no YOUTUBE:
CLÁUDIA MALTA é formada em Gestão pública, experiente na concepção, gestão, programação e produção artística de concertos e óperas, em especial dos Corpos Estáveis da Fundação Clóvis Salgado, Orquestra Sinfônica de MG, Coral Lírico de MG e Companhia de Dança Palácio das Artes, na montagem de grandes espetáculos e apresentações nos maiores teatros brasileiros. Na área de formação artística atuou como professora de dança clássica do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado e como Coordenadora do Centro Técnico de Produção, onde foi responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Catalogação do acervo de Cenários, Adereços e Figurinos produzidos pela Fundação Clóvis Salgado; Coordenação dos cursos de formação de mãos de obra para o espetáculo, concebendo cursos nas áreas de maquinaria de palco, figurinos, cenários, iluminação, maquiagem e sonorização, entre outros. Foi diretora de produção de óperas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado (1996 a 2019) é atualmente é diretora artística da fundação.
LUIZ KLEBER QUEIROZ é cantor (barítono), diretor cênico e professor do Departamento de Música da UFPE, onde atuou de 2019 a 2023 como coordenador dos cursos de bacharelado em Música. Realiza trabalho de pesquisa na área de canto e música brasileira, sendo Coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Canção Brasileira de Câmara e do Laboratório de Canto em Movimento. É mestre em música pela UFPB (2013) e Bacharel em Canto pela UFRJ (2001), onde, ainda como discente, foi um dos criadores do projeto “Ópera na UFRJ”. Integrando o coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro durante 15 anos (1998 a 2010), participou de inúmeras montagens de óperas e concertos sinfônicos. Sua dissertação de mestrado sobre a ópera A Compadecida (1960) de José Siqueira trouxe à tona a obra esquecida durante cinco décadas; nela, o autor analisa como o compositor associa os elementos musicais da tradição oral nordestina à música de concerto. Na cena operística pernambucana, vem buscando valorizar o repertório nacional, já tendo produzido, dirigido ou atuado em montagens como A Ópera do Claustro, de Armando Lobo (2025) e Victor Luiz; Kairós: Minióperas do Tempo Oportuno, de Victor Luiz (2024), da qual é autor do libreto; Leonor, de Euclides Fonseca (2018), Domitila, de João Guilherme Ripper (2010, 2016 e remontagem prevista para 2026) e O Pescador e Sua Alma, de Marcos Lucas (2015).
VAGNER CUNHA é compositor, arranjador e multi-instrumentista, atuando nos mais diversos estilos na cena musical contemporânea. Mestre e bacharel em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi orientado por Marcello Guerchfeld (violino) e Celso Loureiro Chaves (Composição). Suas composições têm sido estreadas por várias orquestras e grupos de câmara brasileiros. Como arranjador e instrumentista, atua regularmente junto a importantes nomes da Música Popular Brasileira. Atualmente dedica-se à gravação de três discos independentes de suas composições. Eles são: Noturno, Além: Volume II e Banda Sonora, que inclui a publicação de uma seleção de composições para projetos audiovisuais. O processo criativo de Vagner Cunha (juntamente com nomes como Peter Greenaway, Michel Maffesoli e Mauro Fuke) foi um dos temas do documentário “Arte, Ordem e Caos” de Pedro Zimmermann, lançado em 2008 pela plataforma de streaminhg “Fronteiras do Pensamento”.
CARLOS EDUARDO AMARAL é jornalista, crítico musical, escritor, compositor, arranjador e pesquisador, com especialidade em Crítica Cultural. Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do Ministério da Cultura. Como crítico musical, publicou pela Cepe Editora cinco livros-reportagem biográficos que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana: Clóvis Pereira, Maestro Formiga, Maestro Duda, Getúlio Cavalcanti e Jota Michiles. No campo da literatura, publicou os romances Sem relva, Sem gado e Interminável, os Contos sobre a morte desprovidos de morbidez, Ide em paz – Um ensaio sobre arte e crítica de arte e o e-book Introdução à música armorial, todos em edição independente. Como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica, além de arranjos de diversos gêneros musicais. Atuou ainda como coordenador de Comunicação da Orquestra Criança Cidadã, entre 2016 e 2025, e foi condecorado com a Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro, em 2022, pela sua contribuição à cultura nacional.
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