
A Academia Brasileira de Música convida para “Encontros ABM 2025”, série de eventos mensais online realizados mensalmente entre março e novembro. Através de debates, músicos convidados suscitam a reflexão sobre temas atuais e relevantes para o desenvolvimento da música brasileira.
Ao longo deste ano, os encontros abordarão “A ópera na cultura brasileira”, sempre com debatedores convidados e mediadores de elevado conhecimento neste segmento artístico.
Na terça-feira, dia 19 de agosto, às 18h, a ABM vai promover mais uma edição dos “Encontros ABM”. Com transmissão ao vivo pelo nosso canal na plataforma YouTube, a Roda de Conversa aborda o tema Espaços para ópera no Brasil, contando com mediação do maestro André Cardoso e participação do maestro Abel Rocha, do arquiteto acústico José Augusto Nepomuceno e do compositor João Guilherme Ripper. Neste Encontro, discute-se como teatros concebidos para ópera funcionam como instrumentos musicais em si mesmos, onde a arquitetura dialoga com a física do som para criar um ambiente acústico adequado. Discute-se ainda como ambientes alternativos para a ópera determinam novas formas de composição e apresentação do gênero.
Link para assistir ao vivo no YOUTUBE:
ANDRÉ CARDOSO é violista, musicólogo e regente. Em 1994 foi o vencedor do Concurso Nacional de Regência da Orquestra Sinfônica Nacional, passando a atuar à frente de várias orquestras brasileiras, com destaque da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da qual foi maestro assistente no período entre 2000 e 2007. Como pesquisador, dedica-se ao estudo da música brasileira dos séculos XVIII e XIX, tendo publicado inúmeros artigos e os livros “A música na Capela Real e Imperial do Rio de Janeiro”, editado pela Academia Brasileira de Música em 2005, e “A música na Corte de D. João VI”, publicado pela Editora Martins Fonte em 2008. No que diz respeito à ópera brasileira, é autor dos libretos das óperas O Aleijadinho, de Ernani Aguiar, e Devoção, de João Guilherme Ripper, apresentadas respectivamente em 2022 e 2024. Em 2022, dividiu com o maestro Ernani Aguiar a Direção artística da ópera O Engenheiro, do compositor Tim Rescala. Foi diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2015-2016), é professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ, instituição da qual foi diretor entre 2007 e 2015, e preside atualmente a Academia Brasileira de Música, onde ocupa a Cadeira 26.
ABEL ROCHA é Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Santo André desde 2014 e Diretor artístico da oficina de Música de Curitiba, onde introduziu muitas inovações na programação artística e didática. É coordenador do Programa Fábrica de Óperas – Unesp, desde 2013. Nas temporadas de 2011 e 2012, foi diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, tendo recebido diversos prêmios da crítica especializada pela intensa e inovadora programação lírica da casa. Entre 2004 e 2009, teve atuação marcante como diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, onde empreendeu um profundo trabalho de reestruturação artística e administrativa do grupo. Especialista em ópera, tem também como marco de sua atuação o incentivo à produção de novo repertório sinfônico brasileiro em suas programações. Além de intensa carreira artística, Abel Rocha desenvolve uma forte atividade na formação de novos regentes, como professor de regência e ópera da Unesp e diretor da Oficina de Música de Curitiba.
JOSÉ AUGUSTO NEPOMUCENO é arquiteto, graduado pelo Centro Universitário Belas Artes (São Paulo). Desde 1978 atua na consultoria de acústica e controle de ruído, tem em seu portfólio importantes projetos acústicos na área de cultura e entretenimento. É um dos arquitetos associados da Acústica & Sônica (São Paulo, SP) e consultor principal associado da Akustiks (Norwalk, EUA), onde colaborou em projetos como o Cleveland Museum of Art, Schermerhorn Symphony Center (Nashville), Teatro de San Luis Potosí (México), Siam Opera House (Bangkok) e na reforma do David Geffen Hall no Lincoln Center (Nova York). Na América do Sul, assinou a concepção acústica de alguns dos mais prestigiados teatros como o Gran Teatro Nacional de Lima (Peru). No Brasil, podemos citar a Sala São Paulo, a Praça das Artes (SP), a Sala Minas Gerais de Concertos (BH), a renovação da Sala Cecília Meireles e do Teatro Castro Alves (Salvador). Como colaborador da JHS (Jaffe Holden Scarbrough Acoustics) trabalhou na concepção básica e preliminar da Cidade da Cultura da Galícia (Santiago de Compostela) com o Arquiteto Peter Eisenman. Atualmente é Vice-Presidente Técnico da ProAcústica – Associação Brasileira para a Qualidade Acústica e membro correspondente do Comitê Técnico 2.6 (ruído e vibração) da Ashrae (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers). É membro da Acoustical Society of America e da Association of British Theatre Technicians, apresentando-se regularmente em congressos internacionais e atuando como conferencista.
JOÃO GUILHERME RIPPER é compositor, regente e gestor cultural. Colabora frequentemente com orquestras, teatros e festivais no Brasil e no exterior, tanto como compositor residente quanto dirigindo suas obras. Em seu extenso catálogo de obras, destacam-se libreto e música de várias óperas estreadas no Brasil e no exterior: Anjo Negro (2003/2012); Pidade (versão orquestral, 2012; versão de câmera, 2017); O Diletante (2012, libreto de André Cardoso); Onheama (2014); Kawah ljen (2018); Cartas portuguesas (monodrama, 2020); Domitila (versão de câmera, 2020; versão orquestral, 2022); Candinho (2023). Por Domitila, recebeu em 2000 o prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte. Como gestor cultural, destacou-se como Diretor da Sala Cecília Meireles em duas gestões (2004-2015-2019-2023) e como Presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro (2015-2017), tendo recebido em 2020 o Prêmio Inovação da Revista Concerto pela criação e coordenação do Programa Gestores em Movimento, que capacita músicos de todo o Brasil para a gestão de orquestras, teatros e salas de concerto. É professor de composição da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música, onde ocupa a cadeira nº 30.
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