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Nascido em Conceição, na Paraíba, em 1907, transferiu-se para o Rio de Janeiro como músico militar, formando-se na Escola Nacional de Música, em 1933, quando estudou com Francisco Braga. Em 1937, tornou-se professor da mesma instituição. Aperfeiçoou-se em musicologia, na Sorbonne, e em composição, no Conservatório de Paris. Foi um regente muito atuante, tendo estado à frente de grandes orquestras brasileiras e européias — sobretudo, na antiga União Soviética. Foi também fundador da Ordem dos Músicos do Brasil, da Orquestra Sinfônica Brasileira e da União dos Músicos do Brasil, além de ter sido membro da Academia Brasileira de Música, onde ocupou a cadeira nº 8. Do seu extenso catálogo constam obras marcantes de um nacionalismo resultante de permanente pesquisa de material de diversas regiões e segmentos culturais brasileiros. Siqueira faleceu em 1985. Destacam-se, dentre as obras orquestrais, Cinco sinfonias, o Concerto para orquestra (última obra sinfônica), concertos para os mais variados instrumentos, a série Brasilianas, peças para orquestra de cordas, como a famosa Toada (1943), óperas como A compadecida e Gimba, inúmeros bailados, poemas sinfô¬nicos e oratórios como Xangô e Candomblé.