Os 70 anos de nascimento do pianista, compositor, musicólogo e pedagogo Amaral Vieira vêm pautando diversas homenagens e festejos por todo o país. No último dia 5 de março, a Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte comemorou a efeméride realizando um concerto presencial no Auditório Onofre Lopes, com transmissão também no YouTube. Participaram do concerto solene o violoncelista Matias de Oliveira Pinto, professor da Universität Münster (Alemanha), e sete professores da Escola de Música da UFRN: Aírton Guimarães (contrabaixo), Durval Cesetti e NanQi (piano), EikeRiedel (soprano), Fred Nable (violoncelo) Paulo França (viola) e Ronedilk Dantas (violino)
Já o Instituto Piano Brasileiro, cuja principal homenagem foi uma série de 14 entrevistas com o compositor, todas disponibilizadas no canal do YouTube do IPB, abordando desde a sua infância aos dias de hoje – vem publicando várias vídeo-partituras de suas obras, com destaque para “Reminiscências de Adriano”, de 1983, um obra de longa duração para piano a quatro mãos que, até o momento, não possuía nenhuma editoração, apenas o manuscrito. Em conjunto com Amaral Vieira, o IPB promoveu uma revisão, uma nova digitalização da gravação a partir do LP, publicando a obra em forma de vídeo-partitura já disponível no seu canal do YouTube. Coordenador e fundador do IPB, Alexandre Dias ressalta relevância dessas ações: “Amaral Vieira é um dos maiores compositores do Brasil e uma glória do piano brasileiro, sucessor do Souza Lima, de uma importância imensa para a nossa história pianística”.
Também em março, a Rádio Cultura FM, de São Paulo, apresentou o documentário sonoro “Clareza, percepção, integridade – Amaral Vieira 70 anos”, abordando aspectos marcantes da biografia do músico paulistano: do início dos estudos na infância, os anos na Europa, passando pelos mais de 30 anos como apresentador da Cultura FM e chegando ao impressionantesucesso que faz no Japão. O programa especial compilou declarações de Amaral Vieira acerca de suas visões como compositor, relatos de como surgiram algumas de suas obras mais conhecidas e sua relação com o budismo e o Japão. Foram utilizados material de acervo da rádio e TV Cultura e também trechos das entrevistas de Amaral Vieira a Alexandre Dias, do Instituto Piano Brasileiro.
Admirador e amigo de longa data do compositor, o maestro e acadêmico Roberto Tibiriçá não poupa nos elogios: “Meu querido Zé Carlinhos (como carinhosamente eu o chamo) é um amigo de muitos anos! Além de um compositor maravilhoso, criador de obras inesquecíveis, é um ser humano de uma generosidade incrível! Uma pessoa extremamente carinhosa e ao mesmo tempo exigente com seus alunos. Sou muito grato por tê-lo como um amado amigo.”
